Espécie de rede de contatos entre empreendedores, investidores e interessados, o Fdl realiza seu encontro anual no festival R.I.A, evento que nos dias 22 e 23/8 levou a cultura digital para o Auditório Ibirapuera, em São Paulo, contando com mesas de debate com nomes como o do acadêmico Pierre Levy e do neurocientista Miguel Nicolelis. No R.I.A, foram representadas as 20 mais promissoras ideias e que serão viabilizadas, divididas entre as categorias de mobilidade urbana, catástrofes naturais, violência, crowdbusiness, redes de aprendizagem, voluntariado e aplicativos.
Todas as ideias são todas licenciadas em Creative Commons, permitindo que qualquer pessoa possa modifica-las e aprimorá-las. "Fomos muito inspirados pela lógica do open source e por isso entendemos que os projetos têm que ser desenvolvidos em grupo, com cada pessoa oferecendo algo a mais para melhorá-las", explica Daniel Weinmann, um dos criadores do Catarse e do Fdl.
Segundo ele, as melhores ideias são as enxutas, que buscam pequenos avanços por vez ao invés de focar em problemas sociais amplos e de difícil resolução. De acordo com Weinmann, o Fdl busca projetos que atendam aos anseios de uma comunidade e que possam reverter seus benefícios para a sociedade como um todo.
Entre as soluções criadas por participantes do FdI estão uma rede social destinada aos deficientes visuais e que funciona por telefone e uma plataforma em que um grupo garantirá a uma comunidade o acesso à saúde privada sempre que necessário. Veja a lista completa na rede social do FdI.
No R.I.A., 20 projetos e startups foram selecionada para repartir o financiamento. Foram escolhidas as ideias do Ajuda.me (espécie de mutirão em que as pessoas podem se ajudar, R$ 1 mil); Job.me (site para facilitar a busca de trabalho autônomo, R$ 1 mil); Sifteo (cubos digitais interativos que podem ser usados para o ensino de química, R$ 1 mil); Ponto Social (representação de entidades do terceiro setor, R$ 1 mil); Centro de Convergência de Valor (centro de pesquisa para micro e pequenas empresas, com R$ 2 mil); Qualita.me (qualidade de vida, R$ 2 mil); FIBing (fomento ao empreendedorismo social, R$ 2 mil); CicloSenso (dados sobre ciclistas urbanos, R$ 2 mil); Amigos / Rotas (definição de rotas comuns e sistemas de carona, R$ 2 mil); Sou seu vizinho (convivência entre vizinhos, R$ 3 mil); Mapas de vista (sistema livre de mapeamento, R$ 3 mil); Ecoworking (melhoria das condições de trabalho, R$ 4,5 mil); Redes das águas (melhorar a vida de comunidades próximas a rios e córregos, R$ 5,5 mil); Bike It (mapeamento de locais receptivos a bicicletas, R$ 5,5 mil); Ativação de coberturas (uso de cobertura de prédios para projetos comuns aos moradores, como hortas, com R$ 6 mil); Tecendo Redes (venda de roupas de diversas culturas e feitas por mulheres latino-americanas, R$7 mil); Vida Fora da Escola (documentário sobre pessoas que escolhem tirar os filhos da escola e optam por sistemas alternativos, R$ 8 mil); e a Esquadrilha da Risada (palhaços que animam os estressados com os atrasos nos aeroportos, R$ 8 mil).
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