Gestor de TI precisa estar aberto às novidades e mudanças propostas com a evolução de softwares e hardwares
Da máquina que usava cartões perfurados superada por computadores,
mas que ocupavam uma sala inteira, para o computador pessoal e,
finalmente, até a computação de bolso, se passaram cerca de duzentos
anos. Em um período razoavelmente curto, muita coisa mudou – e não
apenas em termos de hardware -, os softwares se tornaram mais complexos,
porém, visualmente mais agradáveis e fáceis de utilizar. Entender essas
mudanças e estar aberto para as que surgirão é um dos grandes desafios
do gestor de tecnologia da informação.
Passada a revolução industrial, veio a revolução digital, responsável
por uma nova guinada tecnológica que afetou todas as áreas do
conhecimento, o modo de produção e a vida das pessoas, lembra o
pesquisador do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio
Vargas (FGV) do Rio de Janeiro, Pedro Augusto Pereira Francisco.
Em 1889, Herman Hollerith, inventor americano e fundador da empresa
que deu origem à IBM, ajudou os Estados Unidos na apuração dos dados do
censo do país com uma máquina que fazia a leitura de cartões perfurados.
Considerada precursora do computador por processar informações
diversas, já mostrava onde era possível chegar ao reduzir o tempo de
processamento de dados de 10 anos (estimados) para seis semanas.
Mas foi apenas em 1931 que Vannevar Bush construiu um computador com
uma arquitetura binária propriamente dita. “A partir da utilização do
código binário, o ser humano conseguiu alterar drasticamente sua
capacidade de armazenamento e processamento de informações. Com isso, a
inovação em todas as áreas do conhecimento foi acelerada”, avalia
Francisco.
Mas dos mainframes até o computador pessoal ainda havia um grande
passo. Apenas em 1980 é possível falar dos primeiros Personal Computers,
denominação que seria abreviada para PC e tomaria o mundo. Nessa época,
porém, havia mais de um milhão de computadores nos EUA.
Também nos anos 1980, surge o sistema operacional DOS. A empresa
Seattle Computer Products (SCP) decidiu criar seu próprio sistema
operacional de disco (QDOS – Quick and Dirty Operating System) e William
(Bill) Gates e seu colega de faculdade, Paul Allen, compraram o sistema
QDOS, de Tim Paterson, por apenas US$ 50 mil. Depois de algumas
melhorias, o sistema foi rebatizado de DOS e as licenças foram vendidas à
“IBM”. “O DOS foi um sucesso comercial, como o sistema operacional
padrão para os computadores pessoais desenvolvidos pela IBM”, de acordo
com levantamento da coordenadora do Laboratório de Informática da
Universidade Federal do Pará.
Mas digamos que o DOS não é exatamente um bom exemplo de tecnologia
amigável. A criação do Windows pela Microsoft é, certamente, um marco
para a universalização do uso do PC. Uma pesquisa da NetApplications,
divulgada em janeiro, aponta que o uso do sistema operacional da
Microsoft estava presente em 92,2% dos computadores em 2010.
A internet em 1990 já começava a ter uso comercial e não foi preciso
muitos anos para sua explosão. A combinação de interfaces amigáveis nos
PCs com a grande rede mudou tudo de novo. A combinação desses elementos,
somada à chegada de dispositivos móveis, é um ponto central de
aproximação entre pessoas não especializadas em TI das novidades geeks,
conforme explica o professor do programa de pós-graduação em tecnologias
de inteligência e design digital da Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo (PUC-SP), Sergio Basbaum – e a mudança ocorreu de forma
absurdamente rápida.
O primeiro celular chegou ao mercado somente em 1983, pesando 794,16
gramas – o DynaTAC 8000x, da Motorola – e logo foi apelidado de
“tijolo”. Além de não ser nada agradável carregá-lo de um lado para o
outro, o preço era pesado e chegava a quase US$ 4 mil. Hoje, o aparelho
celular Modu – considerado um dos menores do mundo – pesa apenas 40
gramas e tem uma série de outras funcionalidades, como máquina
fotográfica e tocador de música e custa cerca de R$ 120 em um plano de
telefonia móvel.
Mas a miniaturização de quase tudo relacionado à tecnologia foi
apenas um passo de desenvolvimento que levou os dispositivos para o
bolso e, em alguns casos, para os corações das pessoas. Neste momento,
no entanto, a interação homem máquina passa a dar passos significativos
com a popularização e melhoria da tecnologia touch. O iPad, da Apple, é
apenas um exemplo disso. Quem sabe, em breve, não veremos sistemas
operacionais comandados pelo livre movimento no ar, tal como no filme
Minority Report. Aliás, listar objetos e tecnologia que fizeram parte da
ficção científica e que hoje estão no dia a dia de empresas e pessoas é
um exercício divertido.
Obviamente nenhuma dessas informações é exatamente uma novidade para o
profissional de TI. Mas, em apenas quatro mil toques, elencar o quão
rápido foi o desenvolvimento tecnológico na chamada revolução digital é
um bom começo para lembrar qualquer gestor dos desafios que estão
colocados no que diz respeito a inovação e utilização do novo a serviço
do negócio.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Universalização da tecnologia traz diversos desafios
terça-feira, 27 de dezembro de 2011 - by Unknown
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Tags: Notícias
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