O Google começou a avisar os seus usuários chineses quando um resultado da busca foi censurado pelo governo, a empresa anunciou nesta sexta-feira em um post em um de seus blogs oficiais. Antes, as páginas bloqueadas disparavam avisos de "conexão perdida" e "não disponível". A partir de agora, uma janela pop-up se abrirá e avisará que a interrupção provavelmente se deve aos mecanismos de controle da internet implantados no país.
Para criar a correção, o Google analisou as 350 mil buscas mais populares no país e identificou quais delas mais paravam no pente fino, descobrindo com isso que a grande maioria dos termos proibidos eram palavras comuns do dia-a-dia do chinês. A empresa não cita a palavra "censura" no texto que apresenta a ferramenta, tratando a questão como um problema técnico.
Isso se deve provavelmente aos conflitos constantes da empresa com autoridades chinesas e à condição instável em que seus sites funcionam por lá. Serviços como o Google News ou o YouTube já foram por várias vezes bloqueados no país, principalmente para abafar crises políticas ou tirar o foco de protestos como os que pedem a independência do Tibete.
Por causa disso, a empresa já ameaçou sair do país e, em maio de 2010, passou a redirecionar temporariamente seus usuários chineses para a versão de Hong Kong do seu buscador.
Representantes do governo chinês ainda não comentaram a decisão do Google. A China mantém um sofisticado aparato de censura a páginas da Web. Veja como funciona o cinturão de isolamento digital chinês, clicando aqui.
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