Monitoramento online de empregados crescerá 60% até 2015, diz Gartner

Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pela consultoria Gartner descobriu que o monitoramento das ações online de empregados está se tornando uma prática cada vez mais comum em companhias do mundo todo. De acordo com o estudo, 60% das organizações planejam implantar programas específicos para controlar o que seus funcionários acessam durante o período de trabalho até o ano de 2015.

"O  monitoramento de empregados em meios digitais está sendo constantemente aperfeiçoado pelas novas tecnologias”, afirmou Andrew Walls, vice-presidente de pesquisa da Gartner. "Esse acompanhamento pode tanto evitar quanto criar riscos, por isso precisa ser feito com muito cuidado, ética e padrões legais".


Segundo Walls, "a maioria dos furos de informação envolvem empregados que têm acesso legítimo às informações da empresa, por isso o monitoramento deve focar nas ações de empregados e em como eles tratam os assuntos da empresa no ambiente digital".

A maior dificuldade nesse monitoramento, destaca a Gartner no texto que introduz o estudo, é justamente a popularização de serviços web como o Facebook ou YouTube, que ganham grande parte da atenção dos funcionários mas que não podem ser investigados livremente pela empresa sem gerar riscos éticos e legais.

"Esses conflitos ficaram notórios recentemente, quando algumas empresas pediram as senhas do Facebook de alguns candidatos a emprego", explica Walls. "Os empregadores buscarão cada vez mais visibilidade das conversas feitas em mídias sociais".